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Pesquisa mapeia efeitos da pandemia no agronegócio brasileiro

Levantamento da Fundação Dom Cabral mostra que a pandemia afetou o agronegócio, mas também deixou legados positivos

agronegocio © - Shutterstock
por Redação janeiro 19, 2022
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    Impacto positivo e legados sustentáveis

A pandemia da Covid-19 afetou vários setores da economia brasileira, inclusive um dos mais significativos, que é o agronegócio. Para mapear os efeitos do problema, a Fundação Dom Cabral (FDC) realizou uma pesquisa quantitativa com 349 empresas entre julho e setembro de 2021. Os resultados mostram impactos positivos sobre aspectos como demanda, desempenho, sustentabilidade e operação, mas também trazem um relato dos impactos negativos no segmento. O levantamento indica uma relação direta de efeitos nas etapas mapeadas e mostra que, mesmo sendo um problema complexo, a pandemia também agrega lições para o agronegócios.

A pesquisa foi conduzida por Paulo Renato de Sousa e Jefferson Gustavo Cappeli, da FDC, além de Marcelo Werneck, da Universidad Autónoma de Chile. De acordo com eles, a pandemia impactou diretamente as cadeias de suprimento agroalimentares, causando rupturas como a mudança imprevista no fornecimento de alguns produtos, o que levou a um efeito cascata nas operações. 

Pandemia torna agronegócio mais consciente em sustentabilidade

O setor também mostrou dificuldade em lidar com previsões de demanda e falta de suprimentos, mas, por outro lado, há uma consciência maior das empresas a respeito da importância da sustentabilidade.

A lista dos impactos positivos começa na demanda, onde a migração para outros canais – de offline para online ou híbrido – é uma realidade. O reconhecimento do papel do setor em fornecer a segurança alimentar para a população é outro aspecto positivo. 

Em termos de desempenho, houve redução do desperdício, aumento de iniciativas de sustentabilidade e o foco nas práticas de sustentabilidade ambiental. Esse tema, aliás, foi reforçado com a redução dos resíduos sólidos e do uso de materiais tóxicos e perigosos, além da diminuição do consumo de energia. Operacionalmente, os ganhos incluem o saber como lidar com interrupções e como as empresas podem melhorar nesse aspecto.

Por outro lado, o agronegócio enfrentou dificuldades que levaram à rupturas, inclusive com efeitos nos preços de produtos. O problema também provocou uma imprecisão de dados e informações, o que – operacionalmente – causou redução da velocidade em relação às respostas de interrupções na cadeia de suprimentos. 

O setor teve ainda dificuldade em analisar essas interrupções e de entender como lidar com as interrupções iminentes. O aprendizado, no entanto, poderá ser usado para enfrentar situações similares no futuro, na avaliação dos coordenadores da pesquisa.  




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