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Home office também mudou em um ano de pandemia

Pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra mudanças no trabalho em home office após um ano de pandemia

© - Shutterstock
por Redação outubro 7, 2021
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Muita coisa mudou desde o início da pandemia de Covid-19, inclusive o home office. A produtividade para quem adotou o modelo de trabalho, por exemplo, saltou de 44%, em 2020, para 58% neste ano. Esta é uma das conclusões da pesquisa da Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton Brasil. Intitulado Novas Formas de Trabalhar: as adequações ao home office em tempos de crise, o levantamento foi destaque da revista especializada Infomoney em maio deste ano.

A pesquisa feita com pouco mais de 1 mil profissionais mostra que a continuidade do chamado trabalho remoto ainda tem desafios a serem superados. Para 20,6% dos profissionais ouvidos, o maior deles é a perda de convívio social, seguida de maior carga de trabalho no modelo remoto (15,5%) e piora de comportamento por ausência de convívio (13,5%). Detalhe: esse contraponto acontece apesar de 58% dos entrevistados indicarem que se sentem mais produtivos atualmente.

Para Fabian Salum, professor da FDC, a segunda edição do levantamento concretizou alguns receios já apontados na primeira pesquisa, inclusive os efeitos que o aumento de produtividade causa no equilíbrio e bem-estar dos profissionais em regime de trabalho remoto. De acordo com ele, “os comentários dos respondentes apontam para um esgotamento mental, que envolve tanto a situação crítica da própria pandemia, quanto os desafios mencionados anteriormente. Por isso, não podemos nos deixar seduzir pela alta produtividade. Fazem-se necessários ajustes nos três níveis: organização, equipes e indivíduos”, argumenta na reportagem citada.

Gestão de tempo e de espaço

Os dados da FDC confirmam a avaliação do pesquisador: em 2021, quase um terço dos entrevistados avalia que o equilíbrio entre demandas pessoais e profissionais é um desafio no trabalho remoto. No ano passado, 16,3% tinham essa percepção. Há outros sinais importantes que devem ser endereçados, incluindo o “maior volume de horas trabalhadas”, apontado por 24% dos entrevistados, e “dificuldade de relacionamento” e “dificuldade de comunicação”, ambas com 16%. Para 14% dos respondentes, o “equilíbrio com demandas pessoais” é também uma das questões presentes no home office.

Para Salum, o estudo mostra que é necessário observar como os profissionais vão equilibrar as demandas pessoais e as profissionais em home office, principalmente o excesso de trabalho. A longo prazo, segundo ele, esse fator pode causar uma perda de propósito e sentido para o colaborador. O pesquisador lembra ainda que a gestão de tempo e de espaço devem ser negociadas e aprendidas. 




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