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Funcionários insatisfeitos custam US$ 7,8 trilhões no mundo  

Pesquisa da Gallup mostra que os funcionários não engajados, ou ativamente desengajados, custam caro com a perda de produtividade

funcionarios insatisfeitos © - Shutterstock
por Redação julho 20, 2022
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A satisfação no trabalho está em queda no mundo todo. E ela custa caro: funcionários que não estão engajados ou que estão ativamente desengajados custam US$ 7,8 trilhões em perda de produtividade global, de acordo com o relatório State of the Global Workplace: 2022 Report, da Gallup. O valor corresponde a 11% do PIB global. Ainda de acordo com a pesquisa, apenas um em cada cinco colaboradores estaria engajado no trabalho em 2021, praticamente o mesmo percentual do ano anterior. 

Segundo o Gallup, a pandemia claramente afetou os trabalhadores do mundo. O envolvimento dos funcionários vinha aumentando na última década, mas a Covid-19 interrompeu essa tendência. Agora, o desafio fica com os líderes, responsáveis ​​por criar novos ambientes de trabalho mais resilientes e adaptáveis ​​aos choques globais, e a trajetória de engajamento dos funcionários será uma medida de seu sucesso, na avaliação da consultoria. 

Para os especialistas que coordenaram a pesquisa, os líderes têm o poder de definir prioridades e convocar equipes talentosas, mas são os funcionários individuais, muitas vezes distantes da diretoria, que tornam as iniciativas de liderança uma realidade. Esses funcionários sabem o que devem fazer? Eles têm o que precisam? Eles estão cientes da missão? Eles vêem o propósito de seu trabalho? A resposta a essas perguntas é a diferença entre o sucesso e o fracasso organizacional.

Os colaboradores também precisam ter confiança de que seus colegas de trabalho estão cuidando uns dos outros e que seu gerente se preocupa com o que acontece com eles. Criar uma sensação de fluxo na cozinha de um restaurante, em uma sala de aula e em um escritório físico ou online requer vínculo social e conexão adquirida por meio de experiências positivas de desempenho.

E, finalmente, a relação funcionário-cliente também precisa ser considerada, uma vez que colaboradores engajados são conhecedores e atenciosos. “Eles assumem a propriedade pessoal de deixar os clientes felizes e estão dispostos a ir além. Eles acreditam no que estão vendendo. Em suma, eles criam experiências marcantes para o cliente”, diz o comunicado oficial do Gallup sobre o estudo.

O engajamento não pode ser criado por meio de incentivos financeiros. A remuneração dos funcionários é o “botão fácil” para atrair, reter e motivar os funcionários. Mas não cria propriedade psicológica para o trabalho de alguém. Além disso, os concorrentes podem aumentar seus salários a qualquer momento e roubar esses funcionários.

Para Antônio Batista da Silva Júnior, CEO da Fundação Dom Cabral e colunista da CNN, as empresas precisam ouvir seus funcionários para retê-los. “Anteriormente, o sucesso era medido através do cargo e salário, mas a relação com o trabalho mudou”, explicou em coluna recente no canal de televisão. “Bem-estar individual, gostar do que faz e gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente são fatores que passaram a ser levados em consideração”, reforçou.




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