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Equipamentos pesados lideram transformação digital na construção e mineração

Além do uso de BIM e drones, construtoras e mineradoras adotam recursos digitais em equipamentos pesados

Equipamentos pesados © - Shutterstock
por Redação outubro 15, 2021
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A transformação digital vem ganhando força na construção civil e na mineração, duas atividades que envolvem equipamentos pesados. E, em muitos casos, o processo significa a reinvenção dos segmentos, com aumento de produtividade e eficiência. É o que aponta uma reportagem do site Grandes Construções, editado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).

A Construtora Barbosa Mello (CBM) é um exemplo. A companhia tem um processo de formação de equipe multidisciplinar para testar máquinas não tripuladas.

Equipamentos autônomos salvam vidas e aumentam produtividade

A iniciativa envolve a gestão da frota remota a partir de um centro de operações e sem a presença de operadores no local da obra. Hoje, o modelo da construtora é de uma frota semi autônoma, o que significa que cada máquina é controlada a distância, por controle remoto, por um profissional. Na prática, o projeto levou a um aumento de 8% na produtividade da frota.

A CBM tem ainda um sistema de autoverificação que suporta o operador em tempo real em relação ao que acontece na frente de operação.

Já o Grupo AIZ, que também tem experiência similar à da CMB na construção, recomenda o uso da tecnologia para áreas de alto risco de exposição, caso de pontos de deslizamentos, desabamentos, alagamentos e descargas elétricas. Segundo a reportagem citada, na mineração, a tecnologia é adotada na “descaracterização de barragens, operações subterrâneas e movimentação de material”.

O tema digitalização vem encampado pelos grandes fabricantes de equipamentos pesados nos últimos anos, incluindo Caterpillar, John Deere, JCB, Komatsu e CNH. As cinco foram tema de uma matéria no site especializado IPNews no ano passado . Somente a japonesa Komatsu tinha 13,5 mil sendo monitorados no Brasil na época, com uso do sistema de telemetria Komtrax. A inglesa JCB, por sua vez, acompanhava outras 5 mil máquinas da linha amarela no setor de construção por sua plataforma Livelink.

Big Data e IoT são familiares para donos de frotas

Assim como suas concorrentes, a Caterpillar também usa o seu Big Data particular para alimentar as estratégias de venda e pós-venda. Os dados captados pela fabricante são adotados em todo o ciclo comercial e operacional das máquinas.

A empresa já estimava que em 2021 todos os seus equipamentos estão sendo comercializados com dispositivos de telemetria, o que reforçará ainda mais a gestão digital. De acordo com a Cat – como é conhecida nesse setor – os dados captados remotamente são usados para otimizar estoque de peças e componentes, programar manutenções preventivas e gerar relatórios de recomendações aos clientes.

Um Big Data similar funciona na também norte-americana John Deere, sendo que a companhia possui duas ferramentas para a gestão de equipamentos, a John Deere JDLink e Expert Alert. Ambas têm a mesma mão dupla de envio de dados da máquina para o centro de monitoramento das fabricantes e isso funciona como um feedback da John Deere para seus clientes.

O distribuidor da marca, por sua vez, pode fazer o disparo de software e atualizações à distância para reduzir o número de deslocamento dos técnicos até o equipamento em campo. Isso, segundo entrevista da John Deere ao site InfraROI, tem sido de grande auxílio neste momento de pandemia.

A digitalização no Grupo CNH, que integra as marcas Case e New Holland Construction Equipment, também foi ampliada com a pandemia do coronavírus. Segundo a reportagem do IPNews, a empresa avaliava que conceitos como os de Internet das Coisas e Big Data já eram temas familiares para seus clientes. 




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