close

Empresas americanas enfrentam alta rotatividade de funcionários 

Para enfrentar o problema, companhias lançam mão de ações diferenciadas para recrutar e manter o quadro de colaboradores

rotatividade © - Shutterstock
por Redação março 11, 2022
  • Liderança Mais informações
    Liderança
  • Estratégia e governança Mais informações
    Estratégia e governança

Mais de 4 milhões de americanos deixaram seus empregos em dezembro do ano passado, segundo a revista Fortune. Os números são um alerta, uma vez que se tratou do sexto mês consecutivo de aumento de evasão, o que indicaria uma falha nas estratégias das companhias para reter os colaboradores. Outra informação importante é que a média de oferta mensal de postos de trabalho era de 6 milhões (entre maio e dezembro), ou seja, não faltaram oportunidades. Em resumo: as empresas americanas enfrentam uma alta rotatividade de funcionários. 

Segundo Ron Hetrick, economista sênior da empresa de dados do mercado de trabalho Emsi Burning Glass, todos os setores estão vendo esse tipo de alta rotatividade, com destaque para os empregos de baixa qualificação, segmento onde estaria acontecendo um verdadeiro “banho de sangue” na guerra por talentos. 

Outra tendência confirmada é a maior desistência em setores onde o problema já era acentuado. É o caso dos segmentos de lazer e hospitalidade, bem como comércio varejista. Para piorar, algumas empresas contratam, mas os funcionários nem sequer apareceram, o que eleva o gasto nas etapas de recrutamento. 

Inovação contra a alta rotatividade corporativa

A solução é inovar: empresas como a Kroger e Under Armour, por exemplo, implementaram aumentos para trabalhadores horistas. Outros, como Starbucks  e Drury Hotels, ofereceram bônus de contratação para candidatos a cargos de nível básico. 

Mas as empresas também podem precisar olhar para incentivos não-financeiros, o que inclui mudar aspectos dos próprios empregos – talvez tornando as horas de trabalho programadas dos trabalhadores mais estáveis ​​e rotineiras. Outra opção é reduzir barreiras, como a proposta da CVS Health de não mais exigir que os candidatos a emprego tenham diploma de ensino médio. 

Muitos empregadores também estão aumentando os benefícios – e não apenas oferecendo assistência médica e cobertura odontológica. Os chamados benefícios de fertilidade têm aumentado e muitas empresas também expandiram suas políticas de apoio à saúde mental e licença de cuidador. 

A pergunta que fica é quando o processo deve se estabilizar. Para os especialistas, a reversão da alta rotatividade pode acontecer com o declínio da Covid-19 e com a redução da poupança dos colaboradores.  




Os assuntos mais relevantes diretamente no seu e-mail

Inscreva-se na nossa newsletter