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Dinheiro ainda é o meio de pagamento preferido dos brasileiros

Dinheiro ainda é o meio preferido dos brasileiros, mas deve ser reduzido no futuro.

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por Redação dezembro 29, 2021
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O dinheiro ainda é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) em parceria com a Brinks, empresa global de gerenciamento de numerário, logística segura e soluções de pagamento. De acordo com o levantamento, 53,4% dos entrevistados usam preferencialmente as notas e moedas para quitar suas compras. O principal motivo é a capacidade de ter o controle, ou seja, saber o que se gasta. 

A facilidade, a segurança e o hábito de uso aparecem como os três principais fatores para a preferência pelo dinheiro vivo, exatamente nessa ordem. O numerário – outro sinônimo para a palavra – também é o favorito pela rapidez e porque permite a negociação de descontos. 

O dinheiro igualmente não deve desaparecer no futuro: 44,7% dos entrevistados afirmaram que vão reduzir o uso, mas jamais deixar de utilizá-lo. Outros 34% disseram que devem continuar usando esse modo de pagamento, e 21,2% afirmaram que vão definitivamente deixar de adotar o numerário no futuro. 

Jovens usam menos dinheiro

A maior adesão a outros meios de pagamento acontece entre os mais jovens, segundo a pesquisa, enquanto  os mais idosos (81%) devem seguir com a opção de pagar suas contas em dinheiro. Para aqueles que vão manter esse meio de pagamento no futuro, as razões são parecidas com as atuais: controle de gastos, possibilidade de ter descontos e facilidade e praticidade. 

Considerando que o dinheiro terá seu uso reduzido no futuro, é interessante saber o que aparece no radar como opção. Hoje, o cenário mostra o cartão de crédito como segunda alternativa. Um em cada dez entrevistados apontou esse modo como preferencial. A facilidade (31% das indicações de quem escolhe o meio) é a principal razão, ao lado da possibilidade de parcelar as compras (31,4%). Os outros motivos são quase que parelhos em termos de justificativa em favor do cartão de crédito. São eles: controle (6,1%), segurança (5,9%), hábito ou costume (4,5%) e rapidez (4,4%). A terceira colocação como meio de pagamento no Brasil é o cartão de débito, apontado por 16,5% como opção preferencial. 

O boleto bancário fecha as alternativas principais e foi apontado por 4,6% dos entrevistados. Tema recorrente de memes na internet, o boleto tem a preferência porque é um meio fácil de pagamento (razão mais indicada, com 37,4%), permite o parcelamento e traz segurança e comodidade para quem o escolhe. O controle e a possibilidade de desconto fecham o rol de qualidades da alternativa. Atualmente, o boleto supera até mesmo o uso do PIX que, junto com outras opções de carteiras e aplicativos digitais, somente têm sido usados por uma pequena parcela da população. O PIX – para quem o prefere – é o escolhido pela rapidez, facilidade e segurança.

Metade da população já usou o PIX ao menos uma vez

Sobre os meios digitais é interessante destacar outras informações da pesquisa. A primeira delas é a estimativa sobre a população que já usou algum tipo de aplicativo, conta digital ou carteira digital como meio de pagamento. Segundo o levantamento, quatro de cada dez brasileiros teriam feito isso. 

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A pesquisa também estima que metade da população já usou – pelo menos uma vez – o PIX como meio de pagamento. As gerações Z (43,2%) e Y (27,9%) são as que mais utilizam o PIX e o mesmo comportamento se repete quando se analisa o uso das contas/carteiras digitais: elas são apontadas por 30% da geração Z e por 15,9% da geração Y. 

Apesar da diversidade de meios de pagamento, o Brasil ainda possui uma grande parcela de pessoas sem acesso à conta bancária. Os chamados desbancarizados são nada menos do que 38,5% da população e o percentual é ainda maior entre as mulheres, uma vez que 43,4% delas se encaixa nessa categoria. 

As mulheres são proporcionalmente quase quatro vezes mais do que os homens quando se considera o grupo de pessoas que não têm renda própria. Enquanto esse tipo de classificação representa 2% entre os homens, entre elas o  índice é de 7,7%. A desbancarização tem outras tendências: é maior entre os mais velhos, entre os menos escolarizados e entre os que têm menor renda.  

Intitulada Meios de Pagamento no Brasil, a pesquisa da FDC, em parceria com a Brinks, envolveu 2 mil entrevistas e foi coordenada por Fabian Salum, professor e pesquisador líder de estratégias competitivas, com ênfase em Modelos de Negócios e Gestão da Inovação na FDC. 

Para garantir a precisão dos resultados obtidos em cada região, estabeleceu-se a amostra de 400 entrevistas em cada uma das cinco macrorregiões do país. A amostragem também considerou o local de residência da população, garantindo a abrangência das capitais estaduais, regiões metropolitanas e interior.




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