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Combinação de gerações pode favorecer empresas familiares 

Harmonia geracional e investimento em inovação são a combinação para o sucesso de empresas familiares, segundo especialistas

empresas familiares © - Shutterstock
por Redação junho 7, 2022
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As estatísticas sobre os negócios familiares mostram a importância desse tipo de empreendimento no Brasil: além de representar 9 em cada dez negócios em atividade, eles também respondem por 65% do produto interno bruto (PIB) e empregam 75% da força de trabalho. Os dados foram listados pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, em sua edição de maio último, destacando ainda o perfil multigeracional das empresas familiares. Segundo a reportagem, elas combinam a experiência das gerações anteriores com a inovação dos novos membros. 

A mudança mais recente segundo Sebastian Soares, sócio líder de governança corporativa da consultoria KPMG, é a chegada da geração Z às empresas familiares. Trata-se de um grupo de pessoas que já nasceu no mundo digitalizado e que defende valores como sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa de forma mais acentuada que as gerações de seus pais e avós. O especialista destaca, inclusive, uma pesquisa da consultoria com 197 gestores de empresas familiares, que traça alguns gaps entre as gerações. Embora 55% dos membros da nova geração planejem participar da gestão, apenas 11% dos integrantes seniores os consideram preparados para esse desafio. 

Harmonia e inovação são essenciais para empresas familiares

Os conflitos, no entanto, são negociáveis e para Dalton Sardenberg, professor de governança corporativa da Fundação Dom Cabral, as contribuições das novas gerações têm sido decisivas para a modernização das empresas familiares e a criação das bases de sustentação desses negócios no futuro. Segundo ele, os jovens são atentos às novas tecnologias e comprometidos com os processos de transformação digital.

“Durante a pandemia, as empresas lideradas pela primeira geração concentraram as decisões nas mãos do fundador, tiveram um descompasso em relação ao momento certo para investimentos em tecnologia e sofreram mais”, afirma. “Já aquelas que estão na segunda ou terceira geração avançaram mais em seus processos de digitalização, mostraram maior abertura para delegar responsabilidades e se saíram melhor”, afirmou à revista. 

O melhor dos mundos parece ser a combinação de gerações diferentes que trabalham em harmonia e investem em novas tecnologias de forma constante, além de adotar efetivamente as práticas de responsabilidade social, sustentabilidade e governança corporativa, normalmente elencadas na sigla ESG. Cassio Spina, presidente e fundador da Anjos do Brasil, resume bem a atratividade da combinação, ao lembrar que empresas com esse perfil têm maior potencial de inovação e de proporcionar bom retorno financeiro. “Como existe a figura do controlador, fica mais fácil conhecer a visão estratégica de médio e longo prazos”, complementa.




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