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Caixas eletrônicos podem ter papel importante na digitalização do dinheiro

Caixas eletrônicos devem ocupar um papel importante na digitalização do dinheiro

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por Redação outubro 7, 2021
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Comuns no dia a dia de todo brasileiro, os caixas eletrônicos estão ganhando um novo papel no país. Para Elias Rogério da Silva, presidente da Diebold Nixdorf do Brasil, os equipamentos são uma peça fundamental para a consolidação do sistema de Open Banking, que compartilha as informações dos correntistas entre várias instituições e, entre outras coisas, pode facilitar o fornecimento de crédito. Segundo ele, os equipamentos de nova geração vão facilitar o acesso da população aos serviços bancários, inclusive dos 34 milhões que não tem uma conta corrente ou de poupança.

Em artigo para o site Crypto ID, Elias Rogério da Silva, presidente da Diebold Nixdorf do Brasil, lembra que os caixas eletrônicos modernos estão cada vez mais disponíveis para quem precisa usá-los. “Desenvolvidas com o que há de mais moderno em termos de tecnologia física e lógica, essas máquinas representam uma forma bastante prática de garantir que mais clientes tenham acesso a serviços que, antes, estariam inacessíveis para um enorme contingente de brasileiros”, argumenta o executivo.

ATMs podem levar digitalização do dinheiro a 40 milhões de pessoas

Ele acredita que os equipamentos podem ajudar na transformação e na maior abertura dos sistemas, o que pode levar à oportunidade de evoluir em acesso ao crédito. Nesse caso, o foco se amplia para aproximadamente 40 milhões de pessoas que vivem sem conexão à Internet (ou com precárias condições para navegação na web), segundo dados do IBGE. Juntos os contingentes de desbancarizados (34 milhões) com os com acesso limitado, o Brasil chegaria a 74 milhões de pessoas que podem usufruir da digitalização do sistema bancário a partir da nova geração de caixas eletrônicos.

Silva agrega outros números no artigo publicado na Crypto ID. De acordo com ele, o público distante dos bancos movimenta cerca de R$ 350 bilhões por ano, incluindo compras no comércio local e investimento informal. “Isso representa praticamente 8% do Produto Interno Bruto brasileiro. É muito”, argumenta. A boa notícia, segundo o presidente da Diebold Nixdorf do Brasil, é que o número de brasileiros sem conta bancária vem diminuindo, e que o mundo do open banking, ou sistema bancário aberto, tende a acelerar radicalmente esse movimento.

E onde o universo do open banking acontece se cruza com as pessoas desbancarizadas ou com pouco acesso aos recursos digitais dos bancos? Exatamente nos caixas eletrônicos. “Temos de entender que, para muitos, os terminais de autoatendimento serão a primeira – e talvez única – forma de contato com a digitalização dos serviços financeiros – e é preciso que essa porta seja ampla, agradável e prática disponível”, resume Silva.

O executivo lembra ainda que os ATMs (sigla em inglês para caixas eletrônicos) também vem desempenhando um papel de destaque durante a pandemia, inclusive substituindo as agências bancárias, com atendimento completo, personalizado e efetivo. Para ele, não se trata de uma oferta suplementar de suporte, mas de um canal de ampla abrangência, que permite aumentar a capilaridade da marca e satisfação dos clientes.

“Outro fator que chama a atenção é que os caixas eletrônicos unem a digitalização dos serviços com a entrega do dinheiro espécie (que ainda é a principal forma de pagamento em nosso país, sempre é bom ressaltar). São os ATMs, nesse caso, que permitem juntar o físico e o digital”, finaliza Silva, destacando como os equipamentos serão fundamentais para a digitalização do dinheiro.




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