close

Biohacking mescla fronteira entre biologia e tecnologia

Técnica que mescla biologia e tecnologia, o biohacking começa a ser mais conhecido no Brasil

biohacking © - Shutterstock
por Redação outubro 15, 2021
  • Impacto positivo e legados sustentáveis Mais informações
    Impacto positivo e legados sustentáveis
  • Inovação e transformação digital Mais informações
    Inovação e transformação digital

Uma nova palavra começou a entrar no radar dos curiosos de tecnologia nos últimos anos. Trata-se do biohacking. De acordo com o site IT Forum, o termo define a tentativa de mexer com a biologia do seu próprio organismo, para torná-lo mais produtivo. Embora, a palavra possa ser usada – nesse sentido amplo – para descrever o atleta que usa substâncias proibidas para melhorar seu desempenho, o guia da IT Forum lembra que o biohacking está mirando outros caminhos, uma vez que adota basicamente compostos legalmente aprovados e seguros.

De acordo com o colunista da MIT Technology Review Brasil, Gustavo Comitre, “trata-se de uma técnica que usa tanto a tecnologia quanto a biologia para melhorar o desempenho de nosso corpo e mente, com o objetivo de fazer uma espécie de mapeamento do organismo e descobrir pontos de melhorias, elevando a potência e a capacidade do indivíduo”. A partir dessa definição, Comitre listou o que se sabe do biohacking e como, de certa forma, nós já fazemos uso dele, a começar pelo cafezinho para estimular o corpo.

Comitre lembra que o biohacking começou a ser mais conhecido justamente porque pessoas comuns perceberam que o alto desempenho corporal não tem que ser necessariamente um assunto restrito aos atletas. “Nunca na história, o acesso aos dados genéticos e de saúde foram tão difundidos como agora, isso é só o começo…”, argumenta o articulista, citando o uso de dispositivos vestíveis (wearables) para a captura de dados. Os exemplos, de novo, surgem do mundo dos atletas e dos aficionados por academia, mas não vão ficar limitados a esses nichos. Os mesmos recursos de relógios inteligentes que dão feedbacks sobre o desempenho do corpo durante os exercícios podem ser ampliados para outras áreas, como o monitoramento da glicose – via biosensor – para diabéticos.

E o biohacking também busca lições, quem diria, na administração. Comitre lembra a frase de W.E. Deming – “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado” – para falar a respeito da adoção de informações genéticas para aplicar a técnica. É o que fazem os nutrólogos, médicos especializados em cruzar as informações genéticas e hormonais, entre outras, para criar um plano de nutrição personalizado para seus pacientes. Os próprios pacientes chegam em consultórios municiados de dados, que podem ser até equivocados, mas que permitem um diálogo proveitoso com os profissionais de saúde. Enfim, o biohacking, como se vê, está apenas começando.




Os assuntos mais relevantes diretamente no seu e-mail

Inscreva-se na nossa newsletter